O Homer Vitruviano

O Homer Vitruviano
Leonardo quase acertou.

Wel Come Maguila, Mas Manda Flores No Dia Seguinte

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sexta-feira, 14 de setembro de 2012


Volta Às Boas

(texto originalmente publicado na Revista Rua Grande)



O primeiro Homens de Preto foi feito em 1997, portanto no tempo em que a internet era à lenha e as fotos da Carolina Dieckman pelada demorariam tanto tempo para serem carregadas que, antes disso, já teriam sido proibidas pelo canetaço de algum juiz. Já Homens de Preto II saiu em 2002, ou seja, há 10 anos atrás.
Se o primeiro filme era uma comédia de ficção esperta, original e que agradou tanto a crítica quanto o público, o segundo filme foi massacrado por ambos, apesar de render os tubos na bilheteria mundial.
Uma década depois, ninguém mais tinha o menor interesse em retomar a franquia estrelada por Will Smith, Tommy Lee Jones e companhia, mas Hollywood, contra todas as probabilidades, resolveu apostar em um terceiro capítulo, que está em cartaz em praticamente toda e qualquer rede de cinemas ao lado de Os Vingadores, o atual campeão de bilheterias e um filme muito divertido, sim senhor (não viu, ainda? Corre pro cinema antes de continuar a ler o texto, portanto).
Contrariando todas as previsões negativas, Homens de Preto 3 (Men In Black III, 2012) é um filme que esbanja diversão do começo ao fim.
Na produção, o agente J (Smith) tem que voltar no tempo até 1969 para impedir que o agente K (Tommy Lee Jones) seja assassinado por um alienígena que fugiu de uma prisão no presente e que planeja invadir a Terra no passado. Chegando lá, J precisa se unir à versão jovem de K (Josh Brolin, de Goonies e Onde Os Fracos Não Têm Vez) para capturar o vilão. Parece complicado? No filme, não é.
Só a atuação de Josh Brolin como o agente K do final da década de 60 já valeria o ingresso. A imitação não menos que perfeita que Brolin faz dos trejeitos e da entonação de voz de Tommy Lee Jones praticamente rouba o filme a cada aparição. É impossível, desde a sua entrada em cena, não imaginá-lo como uma versão rejuvenescida de Tommy Lee Jones.
Como se não bastasse, MIB 3 representa um retorno muito prazeroso a uma franquia que é pródiga em bom humor e originalidade visual. Os alienígenas do filme são um trabalho de criação formidável, a direção de arte (leia-se: cenários, principalmente a versão retro do quartel-general dos Men In Black no passado) enche os olhos e a temática da viagem no tempo até a virada dos anos 60 para os 70, em plena ebulição da contracultura, rende ótimas gags, envolvendo desde Andy Warhol até o lançamento da Apollo 11 rumo à Lua.
Ironicamente, a trama do filme se mistura com o resultado da produção. Os Homens de Preto precisaram voltar no tempo para tirarem o gosto amargo que nos tinha deixado a continuação de 2002 e resgatar o humor gaiato do original de 1997. Uma boa viagem.

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