Começando já nos primeiros dias de janeiro, aí vão os comentários de todos os filmes vistos (e os revistos, marcados com um asterisco) durante o ano de 2012. Post que vai sendo atualizado durante todo o ano.
Essa primeira parte lista os primeiros 100 filmes vistos no ano, todos eles com micro-resenhas e uma nota. O numeral atribuído a cada nota não deve ser visto como uma sentença. Em primeiro lugar, não se pode condensar toda a avaliação sobre uma obra em um mero numeral, o que seria de um reducionismo pedestre. A nota serve, no caso dos comentários breves, como forma de ilustrar o que não coube no texto. Neste ano, utilizei os seguintes parâmetros para quantificar as notas:
- notas 10: só para filmes que passaram no teste do tempo, ou seja, somente para filmes que permanecem excelentes mesmo após mais de 20 anos de seu lançamento;
- de 8 a 9: filmes ótimos;
- de 6 a 7,5: filmes bons;
- 5 ou 5,5: filmes razoáveis;
- abaixo de 5: filmes com variáveis graus de ruindade.
C
o primeiro grande filme a chegar aos cinemas em 2012. Spielberg retribui a homenagem que ganhou de J.J. Abrahms em Super 8 com uma ode ao melodrama clássico produzido em Hollywood nas décadas de 30 e 40, em especial ao cinema do mestre John Ford. É filme para ver com o coração desarmado e só para quem consegue esquecer o cinismo dos tempos modernos por duas horas. Ou seja: cinema à moda antiga. Nota 9 Cavalo de Guerra (War Horse):
6 -
8 -
9 - A Hora da Escuridão (The Darkest Hour, 3D): tem que respeitar um filme que estréia na segunda semana de janeiro e já consegue se candidatar com firmeza como uma das maiores bombas do ano. Nota 1
O Espião Que Sabia Demais (Tinker Tailor Soldier Spy): espionagem feita de e para adultos pensantes. Nota 8,5
12 -
8 -
20 - Os Descendentes (The Descendants): o cinema de Alexander Payne (Sideways, Confissões de Schmidt) continua saborosamente agridoce como um bom prato da culinária havaiana. Nota 8
21 - Filha do Mal
23 -
A Pantera Cor-de-Rosa 2 (The Pink Panther 2, 2009): cada vez que alguém assiste isso aqui, o Peter Sellers dá uma volta no túmulo. Nota 2
26 -
35 -
49 - Sex And The City 2 (Sex And The City 2, 2010): um personal stylist teria avisado que salto alto e o deserto de Abu Dhabi definitivamente não combinam. Nota 3
50 - Inspeção Geral (Strip Search, 2004): o saudoso Sidney Lumet fez um telefilme para a HBO que foi mutilado pela emissora. Lançado em dvd no Brasil, o filme acabou, pós-edição, com enxutos 55 minutos (praticamente um média-metragem) e é um interessante ensaio sobre a paranóia americana pós-11 de Setembro. Nota 7
51 - A Dama de Ferro (The Iron Lady): Meryl Steep e a maquiagem mereceram (e muito) os Oscars que levaram. Streep encarnou com gana a Margareth Tatcher e a maquiagem só ajudou na composição. Tirando isso, o filme é uma cinebiografia míope da mulher mais poderosa do cenário mundial nos anos 80. O roteiro equivocado opta por colocar em primeiro plano uma traminha fictícia envolvendo Tatcher velhinha e lutando com o Alzheimmer em detrimento do que realmente interessaria, que é justamente os motivos que a levaram a ganhar a alcunha de Dama de Ferro e liderar a Grã-Bretanha por mais de uma década. Para piorar, o filme ainda negligencia todo o contexto histórico por detrás dos mandatos da ex-Primeira Ministra britânica enquanto esteve no poder. Como resultado, quem não viveu os anos 80 ou quem não conhece a personagem, sai do cinema tão desinformado quanto entrou. Nota 6
52 -
55 -
* 56 - O Enigma de Outro Mundo (The Thing, 1982): impressionante como essa pérola dos anos 80 não envelheceu quase nada. Um dos melhores trabalhos de John Carpenter e arrisco dizer que é uma das melhores ficções científicas de todos os tempos. Tenso, original e com efeitos especiais analógicos que ainda botam muito CGI atual no chinelo. E ainda tem de lambuja uma trilha minimalista impecável do mestre Ennio Morricone. Nota 10
57 - Jogos Vorazes (The Hunger Games): enfim uma adaptação de livro adolescente que não ofende os neurônios nem a paciência dos adultos. Mesmo com um primeiro ato arrastado demais e com efeitos especiais pavorosos, o que é raro numa produção de Hollywood, a distopia futurística proposta pelo filme (uma mistura de Batalha Real com O Sobrevivente) é bem interessante. Nota 7
* 58 -
responsável por bombas como No Cair da Noite, O Massacre da Serra Elétrica: O Início e Invasão do Mundo: Batalha de Los Angeles, tem dito em entrevistas que quis deixar o filme com um visual realista, o que aparentemente, para ele, quer dizer ficar tremendo a câmera em todas as cenas de ação. Quanto ao roteiro... Zeus nos acuda. Nota 5
63 - The Innkeepers (2011): mais uma prova de que o diretor Ti West (The House Of The Devil) manja como extrair sustos eficientes de uma história banal. É só criar personagens com quem o público se importe. Climão prá matar asmáticos. Nota 7,5
64 -
Habemus Papam (Habemus Papam): ironicamente, foi preciso um ateu (o diretor/ator/roteirista Nanni Moretti) para humanizar o clero católico no cinema. Nota 8
69 - Os Muppets (The Muppets, 2011): apesar das piadas terem sido levemente infantilizadas para agradar ao público de hoje, os personagens que marcaram a infância da minha geração não perderam nem um pouco do carisma. Longa vida ao Caco, agora Kermitt. Nota 7
70 - Slovenian Girl (Slovenka): produção eslovênia com desenvolvimento arrastado e que, apesar de uma ou outra boa idéia, não traz nenhuma novidade para o tema da prostituição. Nota 5
71 - Os Três Mosqueteiros (The Three Musketeers, 2011): até que enfim alguém conseguiu fazer uma versão pior do que aquela com o Charlie Harper, digo, Sheen, na década de 90. A façanha é do picareta Paul W. S. Anderson, cujos únicos pontos altos do currículo são O Enigma do Horizonte e o fato de ser casado com a Milla Jovovich.
73 - A Separação (Jodaeiye Nader az Simin): vencedor do Oscar 2012 de Filme Estrangeiro, merecia ter concorrido também nas categorias principais. O que começa como crônica do final de um relacionamento vai revelando-se aos poucos uma poderosa análise da sociedade iraniana, expondo de forma genial todas as idiossincrasias existentes na oposição entre o secularismo do governo atual e o fundamentalismo enraizado entre as castas mais baixas da população. O roteiro engenhoso, que administra um intrincado mosaico de personagens em conflito sem apontar culpados ou inocentes (aliás, colocando acertadamente todos em ambas as posições) também disputou o Oscar de Melhor Roteiro Original e poderia muito bem ter levado a estatueta dourada prá casa. Que baita filme. Nota 9
74 - Onde Começa O Inferno (Rio Bravo, 1959), faroeste bacana do Howard Hawks, com o John Wayne, o Dean Martin (surpreendentemente bem, aliás), o Ricky Nelson e uma Angie Dickinson inacreditavelmente sexy. Equilibra bem o humor com o climão de bangue-bangue. Nota 7,5
75 - Vício Frenético (The Bad Lieutenant: Port of Call - New Orleans, 2009): dando uma pausa na inacreditável sucessão de porcarias que estrelou na última década, Nicolas Cage encontrou aqui um raro projeto que justifica o seu notório overacting. E ele se encaixa à perfeição no papel do policial drogadito e de ações moralmente questionáveis. Já o diretor Werner Herzog (Fitzcarraldo, O Homem Urso, O Sobrevivente) atenua a carga dramática e a decadência moral e física do personagem interpretado por Harvey Keitel no original de 1992 e o substitui por um humor que às vezes acerta o tom e outras soa apenas estranho. É inegável, no entanto, que trata-se de uma refilmagem que apresenta uma abordagem completamente diferente daquela empregada ao tema no filme homônimo de Abel Ferrara. Nota 6,5
76 - Maria Antonieta (Marie Antoinette, 2006): empregando a mesma sensibilidade feminina que permeia todos os seus filmes, a diretora/roteirista Sofia Coppola encontra na figura histórica de Maria Antonieta uma adolescente comum a qualquer época. E o anacronismo emprestado à narrativa pela deliciosa trilha sonora oitentista e as ferramentas sutilmente utilizadas em cena (o par de tênis surrado, o baile de máscaras que vira uma balada moderna) aproximam o rígido teatro de aparências de Versalhes do código moral duvidoso aplicado à juventude contemporânea. Sofia é quem atualmente divulga com mais êxito a marca Coppola. Para muito além dos vinhedos do papai Francis. Levou com justiça o Oscar 2007 de Melhor Figurino. Nota 8
77 - Sete Dias Com Marilyn (My Week With Marilyn): registro convencional, mas agradável, sobre os bastidores das filmagens de O Príncipe Encantado (The Prince and the Showgirl, 1957). O que chama mesmo a atenção são as duas belas atuações de Michelle Williams como MM e Kenneth Branagh como Sir Laurence Olivier, ambos indicados ao Oscar 2012 (Atriz e Ator Coadjuvante). Nota 7,5
78 - Guerreiro (Warrior): sucesso de crítica nos EUA, veio direto prá dvd aqui no Brasil. Segue a cartilha básica dos filmes de luta que investem num pano de fundo recheado de conflitos familiares, algo já visto recentemente (e melhor) em O Lutador (luta-livre) e O Vencedor (boxe). O diferencial aqui é a trama ambientada no universo das lutas de MMA, atual febre mundial. A pancadaria empolga. Nick Nolte está bem e foi indicado ao Oscar 2012 de Ator Coadjuvante, mas não tinha a menor chance de faturar o prêmio: num embate com o veterano Christopher Plummer, que levou a estatueta para casa, Nolte levaria um nocaute no primeiro assalto. Nota 7
79 - American Pie - O Reencontro (American Reunion): apesar de moderadamente engraçado, graças ao idiota personagem de Sean William Scott (Stiffler), repete a mesma tentativa de reviver o humor anárquico das comédias dos anos 80, como Porky's, mas com um viés politicamente correto e conservador, o que mais irrita do que diverte. Nota 5,5
80 -
81 - Paraísos Artificiais: A produção é impecável, com destaque para a fotografia exuberante de Lula Buarque de Hollanda, talvez uma das melhores em, sei lá, muitos anos. O roteiro, que já não é lá muito ambicioso, poderia sair ganhando sem alguns exageros de direção e montagem (ironicamente, a edição era o ponto alto do trailer). Mas é um filme que vale conferir. E a tal Nathalia Dill, de quem eu ignorava a existência, arrasa em todos os sentidos. Nota 7
82 - Nota 6,5
83 -
Brawler (Brawler, ): modesto, mas até certo ponto eficiente drama de lutas que guarda algumas semelhanças com o recente Guerreiro (Warrior), desde a ambientação no mundo das lutas de MMA até o conflito entre irmãos que se resolve nos ringues. Nota 6
87 - Pequenos Monstros (Little Monsters, ): um dos homenageados no Fantaspoa 2012, o diretor David Schmoeller ficou conhecido por fazer filmes de terror B como Bonecos da Morte. O cineasta trouxe ao festival, em primeiríssima mão, o seu primeiro trabalho em 14 anos, uma tentativa de fazer cinema sério. Ironicamente, o resultado é mais trash do que qualquer outro dos trabalhos anteriores. Nota 3
88 - Battleship - A Batalha dos Mares (Battleship): o diretor Peter Berg (de O Reino e Hancock) opta por conduzir a ação como se fosse um sub-Michael Bay, o que significa explodir toda e qualquer coisa que apareça no cenário. Já o roteiro (misto de Armageddon com Transformers, valha-me Deus), provavelmente escrito por uma criança de 5 anos que repetiu de ano na escola, apresenta terreno fértil para situações de humor involuntário, como o plano inacreditavelmente estúpido (e suicida, seguindo a lógica do enredo) dos aliens malvadões para conquistar a Terra. Só a cena dos velhinhos caminhando em câmera lenta com bandeiras americanas tremulando ao fundo já merece cadeira cativa nos momentos mais embaraçosos do ano. Diverte muito moderadamente, bem menos do que o jogo de tabuleiro em que é inspirado (Batalha Naval). Se fosse um barco, esse filme seria o Titanic. E o público, o iceberg. Nota 4,5
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57 - Jogos Vorazes (The Hunger Games): enfim uma adaptação de livro adolescente que não ofende os neurônios nem a paciência dos adultos. Mesmo com um primeiro ato arrastado demais e com efeitos especiais pavorosos, o que é raro numa produção de Hollywood, a distopia futurística proposta pelo filme (uma mistura de Batalha Real com O Sobrevivente) é bem interessante. Nota 7
* 58 -
responsável por bombas como No Cair da Noite, O Massacre da Serra Elétrica: O Início e Invasão do Mundo: Batalha de Los Angeles, tem dito em entrevistas que quis deixar o filme com um visual realista, o que aparentemente, para ele, quer dizer ficar tremendo a câmera em todas as cenas de ação. Quanto ao roteiro... Zeus nos acuda. Nota 5
63 - The Innkeepers (2011): mais uma prova de que o diretor Ti West (The House Of The Devil) manja como extrair sustos eficientes de uma história banal. É só criar personagens com quem o público se importe. Climão prá matar asmáticos. Nota 7,5
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Habemus Papam (Habemus Papam): ironicamente, foi preciso um ateu (o diretor/ator/roteirista Nanni Moretti) para humanizar o clero católico no cinema. Nota 8
69 - Os Muppets (The Muppets, 2011): apesar das piadas terem sido levemente infantilizadas para agradar ao público de hoje, os personagens que marcaram a infância da minha geração não perderam nem um pouco do carisma. Longa vida ao Caco, agora Kermitt. Nota 7
70 - Slovenian Girl (Slovenka): produção eslovênia com desenvolvimento arrastado e que, apesar de uma ou outra boa idéia, não traz nenhuma novidade para o tema da prostituição. Nota 5
71 - Os Três Mosqueteiros (The Three Musketeers, 2011): até que enfim alguém conseguiu fazer uma versão pior do que aquela com o Charlie Harper, digo, Sheen, na década de 90. A façanha é do picareta Paul W. S. Anderson, cujos únicos pontos altos do currículo são O Enigma do Horizonte e o fato de ser casado com a Milla Jovovich.
73 - A Separação (Jodaeiye Nader az Simin): vencedor do Oscar 2012 de Filme Estrangeiro, merecia ter concorrido também nas categorias principais. O que começa como crônica do final de um relacionamento vai revelando-se aos poucos uma poderosa análise da sociedade iraniana, expondo de forma genial todas as idiossincrasias existentes na oposição entre o secularismo do governo atual e o fundamentalismo enraizado entre as castas mais baixas da população. O roteiro engenhoso, que administra um intrincado mosaico de personagens em conflito sem apontar culpados ou inocentes (aliás, colocando acertadamente todos em ambas as posições) também disputou o Oscar de Melhor Roteiro Original e poderia muito bem ter levado a estatueta dourada prá casa. Que baita filme. Nota 9
74 - Onde Começa O Inferno (Rio Bravo, 1959), faroeste bacana do Howard Hawks, com o John Wayne, o Dean Martin (surpreendentemente bem, aliás), o Ricky Nelson e uma Angie Dickinson inacreditavelmente sexy. Equilibra bem o humor com o climão de bangue-bangue. Nota 7,5
75 - Vício Frenético (The Bad Lieutenant: Port of Call - New Orleans, 2009): dando uma pausa na inacreditável sucessão de porcarias que estrelou na última década, Nicolas Cage encontrou aqui um raro projeto que justifica o seu notório overacting. E ele se encaixa à perfeição no papel do policial drogadito e de ações moralmente questionáveis. Já o diretor Werner Herzog (Fitzcarraldo, O Homem Urso, O Sobrevivente) atenua a carga dramática e a decadência moral e física do personagem interpretado por Harvey Keitel no original de 1992 e o substitui por um humor que às vezes acerta o tom e outras soa apenas estranho. É inegável, no entanto, que trata-se de uma refilmagem que apresenta uma abordagem completamente diferente daquela empregada ao tema no filme homônimo de Abel Ferrara. Nota 6,5
76 - Maria Antonieta (Marie Antoinette, 2006): empregando a mesma sensibilidade feminina que permeia todos os seus filmes, a diretora/roteirista Sofia Coppola encontra na figura histórica de Maria Antonieta uma adolescente comum a qualquer época. E o anacronismo emprestado à narrativa pela deliciosa trilha sonora oitentista e as ferramentas sutilmente utilizadas em cena (o par de tênis surrado, o baile de máscaras que vira uma balada moderna) aproximam o rígido teatro de aparências de Versalhes do código moral duvidoso aplicado à juventude contemporânea. Sofia é quem atualmente divulga com mais êxito a marca Coppola. Para muito além dos vinhedos do papai Francis. Levou com justiça o Oscar 2007 de Melhor Figurino. Nota 8
77 - Sete Dias Com Marilyn (My Week With Marilyn): registro convencional, mas agradável, sobre os bastidores das filmagens de O Príncipe Encantado (The Prince and the Showgirl, 1957). O que chama mesmo a atenção são as duas belas atuações de Michelle Williams como MM e Kenneth Branagh como Sir Laurence Olivier, ambos indicados ao Oscar 2012 (Atriz e Ator Coadjuvante). Nota 7,5
78 - Guerreiro (Warrior): sucesso de crítica nos EUA, veio direto prá dvd aqui no Brasil. Segue a cartilha básica dos filmes de luta que investem num pano de fundo recheado de conflitos familiares, algo já visto recentemente (e melhor) em O Lutador (luta-livre) e O Vencedor (boxe). O diferencial aqui é a trama ambientada no universo das lutas de MMA, atual febre mundial. A pancadaria empolga. Nick Nolte está bem e foi indicado ao Oscar 2012 de Ator Coadjuvante, mas não tinha a menor chance de faturar o prêmio: num embate com o veterano Christopher Plummer, que levou a estatueta para casa, Nolte levaria um nocaute no primeiro assalto. Nota 7
79 - American Pie - O Reencontro (American Reunion): apesar de moderadamente engraçado, graças ao idiota personagem de Sean William Scott (Stiffler), repete a mesma tentativa de reviver o humor anárquico das comédias dos anos 80, como Porky's, mas com um viés politicamente correto e conservador, o que mais irrita do que diverte. Nota 5,5
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81 - Paraísos Artificiais: A produção é impecável, com destaque para a fotografia exuberante de Lula Buarque de Hollanda, talvez uma das melhores em, sei lá, muitos anos. O roteiro, que já não é lá muito ambicioso, poderia sair ganhando sem alguns exageros de direção e montagem (ironicamente, a edição era o ponto alto do trailer). Mas é um filme que vale conferir. E a tal Nathalia Dill, de quem eu ignorava a existência, arrasa em todos os sentidos. Nota 7
82 - Nota 6,5
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84 -
Brawler (Brawler, ): modesto, mas até certo ponto eficiente drama de lutas que guarda algumas semelhanças com o recente Guerreiro (Warrior), desde a ambientação no mundo das lutas de MMA até o conflito entre irmãos que se resolve nos ringues. Nota 6
87 - Pequenos Monstros (Little Monsters, ): um dos homenageados no Fantaspoa 2012, o diretor David Schmoeller ficou conhecido por fazer filmes de terror B como Bonecos da Morte. O cineasta trouxe ao festival, em primeiríssima mão, o seu primeiro trabalho em 14 anos, uma tentativa de fazer cinema sério. Ironicamente, o resultado é mais trash do que qualquer outro dos trabalhos anteriores. Nota 3
88 - Battleship - A Batalha dos Mares (Battleship): o diretor Peter Berg (de O Reino e Hancock) opta por conduzir a ação como se fosse um sub-Michael Bay, o que significa explodir toda e qualquer coisa que apareça no cenário. Já o roteiro (misto de Armageddon com Transformers, valha-me Deus), provavelmente escrito por uma criança de 5 anos que repetiu de ano na escola, apresenta terreno fértil para situações de humor involuntário, como o plano inacreditavelmente estúpido (e suicida, seguindo a lógica do enredo) dos aliens malvadões para conquistar a Terra. Só a cena dos velhinhos caminhando em câmera lenta com bandeiras americanas tremulando ao fundo já merece cadeira cativa nos momentos mais embaraçosos do ano. Diverte muito moderadamente, bem menos do que o jogo de tabuleiro em que é inspirado (Batalha Naval). Se fosse um barco, esse filme seria o Titanic. E o público, o iceberg. Nota 4,5
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