O Homer Vitruviano

O Homer Vitruviano
Leonardo quase acertou.

Wel Come Maguila, Mas Manda Flores No Dia Seguinte

Bem-vindos, párias, desgarrados, nerds, loucos de toda espécie ou, caso esse negócio não der certo, boas vindas às minhas demais personalidades. Façam-se ouvir, façam-se sentir, façam-se opinar. E, caso falte energia ou acabe a bateria, faça-se a luz!


quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Reload/Refresh

Quase um ano desde o último post aqui no blog. Foi depois do show do Macca que isso aqui foi interrompido. Sem causa específica, apenas uma preguiça danada, uma desmotivação que veio não sei de onde e me pegou desprevenido, sem qualquer possibilidade de defesa.

No reveillon de 2011, cheirando a maresia de Imbé e com a mente já apalermada pelos brindes infindáveis, ainda inclui dentre todas as resoluções mentirosas essa de voltar a escrever aqui. Como todas as outras promessas falsas, essa também foi esquecida no arquivo morto da minha memória.

De vez em quando, deparava com algum link que me lembrava da existência disso aqui. E me lembrava também dos motivos que me levaram a criar esse endereço. Não era para divulgar coisa alguma. Era para ser só um diálogo entre eu e eu mesmo. Uma peleia braba entre o id, o ego e o superego. Um exercício de escrita para quem vive de escrever textos engessados pelo pedantismo da oratória jurídica. Uma forma de libertar as palavrinhas que insistiam em fazer cócegas nas pontas dos meus dedos enquanto eu me dirigia a uma Vossa Excelência qualquer.

Virou algo mais, não sei bem o quê. Alguns textos foram parar em querências improváveis da rede. Outros foram visualizados por pessoas que eu sequer conheço pessoalmente. Estranho ainda essa confraternização patrocinada pela vida virtual. Não que me incomode, mas ainda sou nostálgico daquele tempo em que a gente se cutucava fisicamente e sem precisar apertar teclinha nenhuma. Mas insisto: não foi esse o motivo do hiato. Esse ano não foi planejado para ser sabático. Me falta auto-conhecimento até para entender as minhas motivações, imagina para compreender a falta delas. Isso aqui é uma forma de mexer no vespeiro, de tentar encontrar perguntas para as respostas que já conheço.

E do mesmo jeito que a falta de vontade de escrever chegou, ela se foi. Sem motivo aparente, sem um gatilho desencadeante, eis que me veio ao acordar uma súbita necessidade de voltar a falar comigo mesmo sem que alguém na rua pergunte se eu preciso de ajuda psiquiátrica.

Às vezes, me perguntava por onde recomeçar? Como tudo na minha vida, a distância da interrupção só faz mais doída a retomada. Academia, dieta, projetos profissionais, é tudo muito difícil de ser revivido quando já não consigo mais visualizar no espelhinho retrovisor do meu cotidiano.

Por isso, retomemos a piada de onde nós paramos, com o papagaio, o português e o judeu já acomodados na mesa do bar.

Ao postar esse texto aqui, estarei apertando a tecla F5 desse endereço. Para o bem e para o mal.

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