O Homer Vitruviano

O Homer Vitruviano
Leonardo quase acertou.

Wel Come Maguila, Mas Manda Flores No Dia Seguinte

Bem-vindos, párias, desgarrados, nerds, loucos de toda espécie ou, caso esse negócio não der certo, boas vindas às minhas demais personalidades. Façam-se ouvir, façam-se sentir, façam-se opinar. E, caso falte energia ou acabe a bateria, faça-se a luz!


segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Franquia Muito Morta e Quase Nada Viva



(texto inspirado em outro completamente diferente produzido para a Revista Rua Grande, zumbificado e redivivo pelo próprio Autor)

Acho que a vida me fez um pouco masoquista. Talvez isto explique grande parte da minha existência. Ou talvez seja o velho vício da Sétima Arte, que sempre me fez parecer obrigação assistir a qualquer produção, independente de gênero, nacionalidade, procedência ou mesmo se contasse com o Rob Schneider no elenco, valha-me Deus. Sempre me senti impelido a ver antes e criticar depois. Mesmo sabendo qual seria a minha provável opinião sobre o filme. Mesmo já tendo visto a produção. Sei lá, sou um romântico que insiste em ter esperança de ter julgado mal as pessoas, mesmo que elas atendam pelo nome de Michael Bay ou Uwe Boll.

Foi assim que me aventurei a rever os três Resident Evil antes de encarar a parte 4, em 3D. Provavelmente, o próximo passo é entrar para uma facção radical da Igreja Católica e começar a me autoflagelar com silício. Não duvido nada, lhes afianço.
Buenas, pelo começo...

Resident Evil – O Hóspede Maldito continua uma merda. É um filme de zumbi sem susto, sem sangue e, o que é pior, quase sem zumbis. O George Romero deve ter feito terapia se algum dia assistiu a esse troço. É a adaptação de um game (prá mim, joguinho, já que nunca compartilhei essa paixão pós-Atari), mas parece que não tem quase nada a ver com o clima do original, segundo já ouvi falar.

Parece que quiseram imitar Alien – O Oitavo Passageiro, mas esqueceram dos sustos. Em suma: um quase completo desperdício de tempo. A não ser para admirar a titless Milla Jovovich, que aparece pelada, e a machona Michelle Rodriguez, que aparece vestida e com a cara de poucos amigos de sempre, é um filmeco que não vale nada.

Resident Evil: Apocalipse é quase tão ruim quanto o primeiro. Menos mal que, apesar de continuar contando a história de personagens absolutamente irrelevantes, pelo menos esse imprime um tom de ação non stop que não nos deixa pensar muito. Continua uma bosta, mas por alguns segundos somos levados a crer que se trata de uma produção mainstream. Não é, como nos damos conta ao final da sessão.

Por outro lado, tenho uma certa simpatia por Resident Evil: Extinção, a parte 3 da série. Não sei se porque assisti sozinho, no cinema, um prazer solitário e egoísta, é verdade, mas um tipo de salvo-conduto para apreciar o que de mais sorrateiro a arte pode nos proporcionar. O roteiro é uma naba sem pé nem cabeça, envolve até clones e a mocinha adquire os poderes do Neo, então é difícil de se defender. Mas, sei lá, o diretor é o Russel Mulcahy do primeiro Highlander, o clima é Mad Max total e quase dá prá se divertir do começo ao fim. Aliás, quase não parece Resident Evil. E isto definitivamente é um elogio.

Terminado o suplício de rever em dvd a franquia escrita pelo Paul W. S. Anderson, diretor picareta que enganou meio Clube de Cinema Paradiso (inclusive eu) quando surgiu com O Enigma do Horizonte, era chegada a hora de encarar a parte 4.

E Resident Evil 4 se sai melhor e pior do que a encomenda.

Se por um lado, é o pior filme junto com o primeiro da série (não por acaso, ambos dirigidos pelo mesmo Paul W.S. Anderson, esse pulha!), por outro é a melhor experiência 3D desde... Avatar!

Sem roteiro, sem lógica, sem graça, Resident Evil 4 se sustenta inteiramente em seu incrível visual tridimensional. De fato, é uma experiência sensorial de cair o queixo, com suas panorâmicas de imersão e os divertidos objetos jogados contra o rosto da platéia. É como um brinquedo de um parque de diversões com a vantagem que não temos que nos preocupar com a manutenção dos equipamentos pela equipe do Tupy.

Por incrível que pareça, uma franquia que já nasceu morta como esta conseguiu uma forma de se reinventar. Ou de ressuscitar. Se isto não é irônico o suficiente, não sei mais o que poderia ser...

Um comentário:

  1. ..e eu que, se não fosse por tua causa com certeza nunca teria assistido nenhum,muito menos os 4 filmes do Resident Evil!!foi uma maratona que por incrível que pareça me divertiu muito!!!Besos ATAI!!!!!!!

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