Uma das coisas que sempre tiveram a honra de me tirar do sério é a pretensão. Odeio do fundo d’alma quem escreve, fala, canta, recita, berra, respira pretensão. São aqueles sujeitos que usam “fundo d’alma”, só que achando que estão descobrindo a pólvora. Aquelas pessoas que falam com pausas dramáticas, sacumé? O cara fala algum chavão, respira fundo e faz cara de quem vai peidar, depois retoma o blábláblá como se tivesse acabado de compor a Nona Sinfonia do Beethoven em braile.
Acontece que, na maioria das vezes, os pretensiosos, além de chatos de galocha, são fraudes. Sujeitinhos tristes, que choramingam atenção e fazem beicinho quando deparam-se com a própria mediocridade. Aliás, fazem beicinho por qualquer opinião contrária. São evangélicos da gema, mesmo que sejam ateus.
Esses malas geralmente gostam de textos rebuscados, filmes experimentais, obras de arte com carneiros empalados, essas coisas. Nada contra carneiros empalados, desde que dentro de um mínimo contexto, tipo uma churrascada.
Os pretensiosos ainda arriscam-se a tentar empurrar goela abaixo do resto do mundo suas opiniões sobre assuntos dos quais não têm o menor domínio. Um exemplo? Quantos pirralhos que viveram a infância nos anos 90 vivem por aí tecendo “inovadoras” teses sobre os “saudosos” anos 80, época em que sequer conseguiam soletrar a palavra “saudade”? Ora, vão pentear macacos, seus tobas. Ou que tal a pretensão de certos articulistas, que desdenham de tudo que é produzido por Hollywood, mas masturbam-se por qualquer atentado à Sétima Arte, desde que produzido em algum obscuro país do leste europeu?
Entretanto, há de ser separado o joio do trigo. Obras de arte o são não pela pretensão com que foram urdidas, mas pela genialidade inata dos realizadores. Nunca duvide-se da excelência de um Bergmann, de um Kurosawa, de um Lynch. Mas sempre duvide de alguém que negue a existência de outros maestros que não estejam listados entre os queridinhos da Cahiers Du Cinéma.
A pretensão está por toda a parte. Até em filmes de entretenimento, como os recentes Príncipe da Pérsia e Robin Hood, em que equivocadas analogias políticas, além de totalmente descontextualizadas, não chegam a lugar algum.
Por isso, é bom assistir a algo que entrega de cara que não tem pretensão de revolucionar coisa alguma. É só diversão, pura e simples. Nada de enganar a torcida. É bife com fritas, arroz e ovo com gema mole.
Esquadrão Classe A é daqueles filmes em que o público sai com os carrinhos da mandíbula doídos de tanto sorrir. É besteira do começo ao fim. Mas besteira de raiz.
Emulando com perfeição o espírito do seriado oitentista (eeeeiiii, eu vivi os 80s, ok?), Esquadrão é uma ode ao lazer descerebrado, um produto que não tem outro fim que não seja provocar risadas na platéia e explosões na tela, não necessariamente nesta ordem.
E como é bom ver um ator do timbre de Liam Neeson entregar uma interpretação tão boa de Hannibal, o líder do A-Team, que podemos esquecer que há poucas semanas o cara estava pagando mico em Fúria de Titãs. Desde Kinsey o narigudo não estava tão à vontade em cena.
Aliás, todos estão bem: Bradley Cooper faz um Cara-de-Pau na medida certa entre o cafajeste e o heróico, Sharlton Copley (de Distrito 9) é o papa-cenas da produção como o surtado Murdock e Quinton ‘Rampage’ Jackson, se não consegue superar Mr. T, pelo menos entrega um novo B. A. com simpatia e os mesmos velhos bordões.
Há falhas, é claro. O roteiro é um buraco só, derivativo e cheio de flashbacks, auto-referências e reiterações desnecessárias. Mas tudo é tão barulhento que só pensamos nisso depois dos créditos, e aí já é tarde demais para a maionese desandar.
Dosando muito bem ação desenfreada e humor abilolado, Esquadrão Classe A é o programa perfeito para ser metralhado por críticos ranzinzas. Que bom. Poucas vezes em 2010 um filme conseguiu divertir tanto os despretensiosos quanto este. E pensar na cara de bunda dos pretensos intelectuais ao saírem do cinema só faz a experiência ficar mais prazerosa.
Acontece que, na maioria das vezes, os pretensiosos, além de chatos de galocha, são fraudes. Sujeitinhos tristes, que choramingam atenção e fazem beicinho quando deparam-se com a própria mediocridade. Aliás, fazem beicinho por qualquer opinião contrária. São evangélicos da gema, mesmo que sejam ateus.
Esses malas geralmente gostam de textos rebuscados, filmes experimentais, obras de arte com carneiros empalados, essas coisas. Nada contra carneiros empalados, desde que dentro de um mínimo contexto, tipo uma churrascada.
Os pretensiosos ainda arriscam-se a tentar empurrar goela abaixo do resto do mundo suas opiniões sobre assuntos dos quais não têm o menor domínio. Um exemplo? Quantos pirralhos que viveram a infância nos anos 90 vivem por aí tecendo “inovadoras” teses sobre os “saudosos” anos 80, época em que sequer conseguiam soletrar a palavra “saudade”? Ora, vão pentear macacos, seus tobas. Ou que tal a pretensão de certos articulistas, que desdenham de tudo que é produzido por Hollywood, mas masturbam-se por qualquer atentado à Sétima Arte, desde que produzido em algum obscuro país do leste europeu?
Entretanto, há de ser separado o joio do trigo. Obras de arte o são não pela pretensão com que foram urdidas, mas pela genialidade inata dos realizadores. Nunca duvide-se da excelência de um Bergmann, de um Kurosawa, de um Lynch. Mas sempre duvide de alguém que negue a existência de outros maestros que não estejam listados entre os queridinhos da Cahiers Du Cinéma.
A pretensão está por toda a parte. Até em filmes de entretenimento, como os recentes Príncipe da Pérsia e Robin Hood, em que equivocadas analogias políticas, além de totalmente descontextualizadas, não chegam a lugar algum.
Por isso, é bom assistir a algo que entrega de cara que não tem pretensão de revolucionar coisa alguma. É só diversão, pura e simples. Nada de enganar a torcida. É bife com fritas, arroz e ovo com gema mole.
Esquadrão Classe A é daqueles filmes em que o público sai com os carrinhos da mandíbula doídos de tanto sorrir. É besteira do começo ao fim. Mas besteira de raiz.
Emulando com perfeição o espírito do seriado oitentista (eeeeiiii, eu vivi os 80s, ok?), Esquadrão é uma ode ao lazer descerebrado, um produto que não tem outro fim que não seja provocar risadas na platéia e explosões na tela, não necessariamente nesta ordem.
E como é bom ver um ator do timbre de Liam Neeson entregar uma interpretação tão boa de Hannibal, o líder do A-Team, que podemos esquecer que há poucas semanas o cara estava pagando mico em Fúria de Titãs. Desde Kinsey o narigudo não estava tão à vontade em cena.
Aliás, todos estão bem: Bradley Cooper faz um Cara-de-Pau na medida certa entre o cafajeste e o heróico, Sharlton Copley (de Distrito 9) é o papa-cenas da produção como o surtado Murdock e Quinton ‘Rampage’ Jackson, se não consegue superar Mr. T, pelo menos entrega um novo B. A. com simpatia e os mesmos velhos bordões.
Há falhas, é claro. O roteiro é um buraco só, derivativo e cheio de flashbacks, auto-referências e reiterações desnecessárias. Mas tudo é tão barulhento que só pensamos nisso depois dos créditos, e aí já é tarde demais para a maionese desandar.
Dosando muito bem ação desenfreada e humor abilolado, Esquadrão Classe A é o programa perfeito para ser metralhado por críticos ranzinzas. Que bom. Poucas vezes em 2010 um filme conseguiu divertir tanto os despretensiosos quanto este. E pensar na cara de bunda dos pretensos intelectuais ao saírem do cinema só faz a experiência ficar mais prazerosa.
Olá Luiz, eu fiquei sabendo desta notícia triste e chocante. Em que mundo vivemos hein?
ResponderExcluirUm mundo em que animais estão à solta impunes e que nós pessoas de bem e trabalhadoras estamos presos detrás de nossas grades de proteção e cadeias privadas.
Este é o mundo que nossos filhos verão, pois a tendência é piorar cada vez mais.
A não ser que façamos algo de verdade.
Sugiro uma passeata contra a violência. Pois não é possível que marginais deste quilate existam em nossa sociedade e tenham penas brandas.
Estou indignado como aluno que fui do professor Ivan e como amigo.
Não existem palavras para expressar o que sinto. Mas a grande vítima desta história é nossa sociedade, nosso país, que vivencia a cada dia uma degeneração moral.
Quantos inocentes morrerão mais para que alguém tome uma providência?
Conte comigo para uma passeata ou qualquer coisa do gênero contra a violência e impunidade!!
Segue meu e-mail para contato
junior@plasticosleopoldense.com.br
LUIZ AFONSO
JUNINHO